CK Hutchison Vende Portos do Canal do Panamá para a Blackrock em Operação Bilionária
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A CK Hutchison Holdings, um conglomerado de Hong Kong controlado pelo bilionário Li Ka-Shing, concordou em vender uma participação majoritária em seus portos no Canal do Panamá para um consórcio liderado pela BlackRock. O episódio acontece após Donald Trump manifestar preocupações sobre uma suposta influência chinesa na via navegável, que é crucial para o comércio global.
Na noite de terça-feira (4), a CK Hutchison anunciou a venda de uma participação de 90% na Panama Ports Co. para a BlackRock e sua unidade Global Infrastructure Partners, além da Terminal Investment, divisão portuária da gigante de navegação MSC, do bilionário suíço Gianluigi Aponte. A Panama Ports Co. opera os portos de Balboa e Cristóbal, localizados em lados opostos do Canal do Panamá, um país aliado dos Estados Unidos. Balboa está na extremidade do Oceano Pacífico, enquanto Cristóbal fica no lado do Oceano Atlântico.
O acordo também envolve a venda de uma participação de 80% na Hutchison Ports, que administra 43 portos em 23 países, conforme comunicado da empresa. A transação está avaliada em US$ 22,8 bilhões (R$ 133,38 bilhões) e, se concluída, renderá à CK Hutchison mais de US$ 19 bilhões (R$ 111,15 bilhões) em dinheiro. O consórcio concordou que as negociações ocorrerão com exclusividade por um período de 145 dias.
As ações da empresa chinesa dispararam quase 22% na bolsa de valores de Hong Kong na quarta (5), elevando seu valor de mercado para HK$ 180,4 bilhões (US$ 23,2 bilhões ou R$ 135,72 bilhões).
A CK Hutchison, que atua nos setores de portos, varejo, infraestrutura e telecomunicações em cerca de 50 países, tem sido alvo de disputas políticas nos últimos meses. Isso começou em dezembro, quando Donald Trump ameaçou retomar o controle dos Estados Unidos sobre o Canal do Panamá, que movimenta cerca de 5% do comércio global anualmente. Trump acusou o Panamá de cobrar taxas excessivas dos EUA, o maior usuário do canal, e afirmou que o país da América Central havia cedido o controle da via navegável à China. Tanto a China quanto o Panamá negam essa alegação.
Um tratado entre os EUA e o Panamá, assinado em 1977, exige que o Canal do Panamá permaneça neutro após Washington ter transferido a administração da via, construída pelos americanos, para o Panamá em 1999.
Na terça-feira (5), durante um discurso conjunto ao Congresso em Washington, Trump elogiou o acordo da BlackRock para adquirir os dois portos do Canal do Panamá. “O Canal do Panamá foi construído por americanos para americanos, não para outros. Mas outros podem usá-lo”, disse Trump. “Esse acordo (o tratado de 1977) foi violado de maneira muito grave. Nós não o entregamos à China. Nós o entregamos ao Panamá, e vamos tomá-lo de volta.”
O co-diretor-geral da CK Hutchison, Frank Sixt, afirmou em comunicado que a transação “é puramente comercial e não tem qualquer relação com as recentes notícias políticas envolvendo a Panama Ports.”
Holding de peso
A CK Hutchison é a maior operadora portuária do Canal do Panamá em participação de mercado, seguida pela americana SSA Marine, pela taiwanesa Evergreen e pela singapurense PSA. O conglomerado de Hong Kong administra os portos nas duas entradas do Canal do Panamá há quase três décadas.
No primeiro semestre de 2024, a CK Hutchison gerou 20% de seu lucro antes de juros e impostos, que totalizou 28,8 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 3,7 bilhões ou R$ 21,65 bilhões), por meio da operação portuária, tornando esse seu terceiro maior segmento de negócios. No mesmo período, a empresa faturou 21,6 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 2,8 bilhões ou R$ 16,38 bilhões) com a operação portuária, sendo que 82% dessa receita veio de portos fora da China continental e de Hong Kong.
“O acordo eliminará a incerteza comercial para a CK Hutchison”, afirmou a analista da Bloomberg Intelligence, Denise Wong, em um relatório. “A empresa está bem posicionada para renovar seu portfólio com ativos menos expostos a tensões geopolíticas.”
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